A técnica de PCR ganhou notoriedade com a pandemia do Corona vírus. Antes, quando era realizada a busca no Google, só observávamos publicações totalmente direcionadas ao público acadêmico, mas isso mudou.
A técnica de PCR foi desenvolvida por Saiki em 1985 e Mullis em 1987. Mas Mullis foi o responsável pelo desenvolvimento do conceito de primer de PCR, que contém uma sequência específica para amplificar o DNA alvo, e utilizou a DNA polimerase termoestável, que foi obtida da bactéria de fontes termais Thermus aquaticus.
Imagine que o DNA é um livro de receitas. Você tem muito apego a esse livro de receitas, então você prefere fazer uma cópia da receita de bolo de cenoura com cobertura de chocolate, essa cópia é o RNA.
Agora vamos para o PCR. Quando você têm o livro de receitas, você procura a página do bolo pelo índice, certo? O índice nesse caso é o primer.
Agora dá então pra fazer a proteína de forma sintética com um equipamento chamado termociclador, que precisa ser ajustado de acordo com o produto que você vai fazer, até porque você não usa o mesmo tempo e temperatura pra cozinha uma lasanha, um bolo ou um pudim, né?
Agora, os tipos mais comuns de PCR:
PCR convencional – é o método utilizado para multiplicar um trecho específico do DNA, até que a sua concentração seja amplificada e possa ser detectada. Na reação deve conter a DNA polimerase, íons de Mg2+ e desoxinucleotídeos (ATP, TTP, CTP e GTP).
RT-PCR – A técnica de transcrição reversa e amplificação é utilizada para avaliar a expressão gênica a partir do mRNA.
Multiplex PCR – São utilizados diversos DNA alvo para uma única reação e diversos primers específicos para cada fragmento gênico escolhido.
Nested PCR – Técnica interessante caso você não consiga amplificar apenas um fragmento gênico na sua reação, ou se a amplificação não é suficiente para a detecção.
Ou seja, é realizado um PCR, e após a reação um novo PCR com primers internos, aumentando assim a especificidade.
PCR isotérmico – Amplificação isotérmica mediada por loop (Loop-mediated isothermal amplification – LAMP), utiliza enzima que permite amplificação isotérmica, apresenta alta especificidade, sensibilidade, rapidez e custo reduzido.
O resultado da amplificação é visualizado no próprio tubo, a olho nu, que é a técnica utilizada no BioTreco e também no Kit de detecção de Covid-19 que a BioLinker é parceira.